Quais Os Riscos De Pegar Covid Nas Academias?

Quais Os Riscos De Pegar Covid Nas Academias?

A natureza proveu aos seres vivos das mais diversas espécies – dentre as quais a dos seres humanos – um mecanismo de preservação da vida que funciona em modo automático.

Quais Os Riscos De Pegar Covid Nas Academias?

No âmago desse mecanismo estão três poderosas forças instintivas: 1. Busca do prazer, 2. Fuga da dor e 3. Economia de energia. Essas três forças compõem a “tríade da sobrevivência” e direciona os esforços dos organismos para se manterem vivos e produzir descendentes.

Acontece que esse mecanismo relativamente simples responde a “sinais” ou “gatilhos” do meio ambiente que disparam impulsos que determinam o comportamento dos indivíduos em cada espécie.

Peixes

Por exemplo: Quando um peixe percebe algo se mexendo dentro d’água seu cérebro imediatamente dispara o comportamento de caça/alimentação. Isso acontece porque o peixe precisa comer para ter energia e precisa de energia para encontrar um parceiro apto a produzir novos descendentes.

Só que a coisa se mexendo dentro d’água pode ser tanto uma minhoca desavisada quanto uma isca de pescador. Para o cérebro do peixe, tanto faz! Ele vai atrás do objeto em questão porque seu cérebro interpretou isso como uma chance de se manter vivo e preservar sua espécie. Ele simplesmente não tem como evitar.

Mamíferos

Em espécies mais complexas – tais como os mamíferos – esses sinais são interpretados em uma camada superior de processamento cerebral e recebem o nome de “sentimentos” (feelings).

Apesar de mais elaborados, os sentimentos cumprem o mesmo papel, para os humanos, que o objeto se mexendo dentro da água cumpre para o peixe: Eles disparam nosso mecanismo instintivo de sobrevivência.

Paixão/raiva, alegria/tristeza, coragem/medo, todos são componentes do mesmo “cardápio” de direcionadores de comportamento (drivers) com um único propósito vital: Captar sinais do meio ambiente que aumentem nossas chances de nos manter vivos e produzir descendentes.

Simplisticamente: A paixão leva ao sexo que leva a novos descendentes.

Acontece que existem também os sinais que aprendemos a evitar porque causam alguma “dor” (física ou psicológica). Dentre esses, o medo é o mais forte. Na presença do medo apenas dois comportamentos emergem: lutar ou fugir.

A maioria dos seres vivos, prudentemente, opta por fugir na presença do medo. Afinal, na maior parte das vezes, não é possível ter clareza se aquilo que disparou o sinal de alerta (medo) representa de fato uma ameaça real à vida.

O algoritmo da sobrevivência criado pela mãe natureza atua de maneira bastante simples: Na dúvida, corra!

Informação Para Combater O Medo

Com a exposição acima agora você pode entender porque é que as notícias de uma segunda onda do coronavirus são tão deletérias para sua saúde.

Elas disparam uma das forças mais poderosas da natureza: o medo.
Repetindo: A maioria dos seres vivos opta por fugir na presença do medo. No nosso caso, fugir significa “não ir na academia”.

Quais Os Riscos De Pegar Covid Nas Academias?

São quatro as categorias de informação que você precisa saber:

1. As academias são ambientes seguros com baixíssima chance de contrair o coronavirus.
2. O exercício físico regular fortalece o sistema imunológico.
3. A maioria dos óbitos da COVID-19 estão vinculados a pessoas com excesso de peso (pessoas com IMC > 30 têm 48% mais chances de morrer por COVID-19).
4. A política de isolamento social (lockdown ou quarentena) não apresenta eficácia comprovada para impedir a disseminação do coronavirus. Foi uma suposição teórica que não encontrou, na prática, resultados sustentados por estudos empíricos (baseado em dados).

Referência

1. Gilchrist, S. C., Howard, V. J., Akinyemiju, T., Judd, S. E., Cushman, M., Hooker, S. P., & Diaz, K. M. (2020). Association of Sedentary Behavior With Cancer Mortality in Middle-aged and Older US Adults. JAMA Oncology.
2. Otto, M., & Smits, J. A. (2011). Exercise for mood and anxiety: Proven strategies for overcoming depression and enhancing well-being. Oxford University Press, USA.
3. Tucker, L. A. (2017). Physical activity and telomere length in US men and women: An NHANES investigation. Preventive Medicine, 100, 145-151.

Márcio Motta
  • Graduado em E.F. – UFMG
  • Pós-Graduado – Atividade Física Para Grupos Especiais – USP / Nutrição – UVA/ Atividade Física Personalizada – UVA
  • Proprietário da Academia Êxito
  • Mais de 30 anos atuando na área
  • Atuou como preparador físico das equipes de futebol em Carajás-PA – CVRD
  • Corredor
  • Escalador (Aconcágua 6962, Ojos Del Salado 6893, Pão de Açúcar, Corcovado, Dedo de Deus…
  • Apaixonado por esportes, leitura, empreendedorismo.

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