Coronavírus Como Evitar

Coronavírus Como Evitar

A crise do coronavírus assumiu dimensões de “cinema catástrofe”. Será que podemos fazer algo para evitar este problema?

Por todo o mundo governos federais e municipais impõem à população o confinamento doméstico e decretam o fechamento compulsório de estabelecimentos comerciais e de serviços como forma de mitigar a propagação do COVID-19.

As consequências dessas medidas ainda não podem ser estimadas mas o estrago na economia dos países e das pessoas já se faz sentir na forma de perda de faturamento e empregos. Nesse momento a economia está na corda bamba.

O exercício/atividade física é de fato um aliado na manutenção/fortalecimento do sistema imunológico?

POR QUE AS PESSOAS NÃO DEVEM PARAR DE SE EXERCITAR?

O exercício tem um efeito profundo no funcionamento normal do sistema imunológico.

Embora as respostas imunes a uma sessão de exercícios isolada sejam transitórias, esses efeitos se acumulam ao longo do tempo e provocam adaptações imunológicas derivadas do treinamento físico crônico.

É geralmente aceito que o exercício regular de intensidade moderada é o mais benéfico ao organismo. Exercícios de intensidade moderada são “imuno-intensificadores” e têm sido usados até mesmo para aumentar as respostas à vacina em pacientes em “estado de risco”!

As melhorias observadas na imunidade devido ao exercício regular de intensidade moderada podem ser devidas a reduções nos processos inflamatórios, alterações na composição das células imunológicas, aumento da atividade antipatogênica e/ou melhoria do estresse psicológico.

De especial interesse é o potencial do exercício de melhorar os resultados imunológicos e de saúde nos idosos, pessoas obesas e até mesmo nos pacientes vivendo com câncer e infecções virais crônicas, tais como o HIV!

PRÁTICA DE EXERCÍCIOS E A JANELA IMUNOLÓGICA

Por outro lado, é comumente difundida a noção de que sessões prolongadas de treinamento intenso diminuem a função imune, potencialmente fornecendo uma ‘janela aberta’ para infecções oportunistas.

Porém, evidências de estudos criticamente revisados mostram que é um equívoco rotular qualquer forma de exercício agudo como imunossupressor!

Ao contrário, o exercício físico provavelmente melhora a competência imune ao longo de toda a vida. Qualquer tipo de atividade física ou exercício regular são benéficos, ou pelo menos não são prejudiciais, ao sistema imunológico.

As evidências epidemiológicas indicam que a atividade física e/ou o exercício estruturado frequente reduzem a incidência de muitas doenças crônicas na terceira idade, incluindo doenças transmissíveis, como infecções virais e bacterianas.

O exercício frequente melhora, ao invés de suprimir, a resposta imune. Achados relevantes de estudos de vacinação em humanos mostram respostas aumentadas a antígenos bacterianos e virais após sessões de exercício físico.

Adicionalmente, a atividade física regular ou o exercício frequente podem limitar ou atrasar o envelhecimento do sistema imunológico – chamado de imunossenescência!

Assim sendo o exercício deve ser incentivado principalmente para idosos – pois eles apresentam maior risco de infecções – para que eles obtenham os benefícios induzidos pelo exercício à resposta do sistema imune.

Finalmente, evidências contemporâneas de estudos epidemiológicos mostram que levar um estilo de vida fisicamente ativo reduz a incidência de doenças transmissíveis (por exemplo, infecções bacterianas e virais) e não transmissíveis (por exemplo, câncer), mostrando que a competência imune é aprimorada por exercícios físicos regulares.

REFERÊNCIAS

Campbell, J. P., & Turner, J. E. (2018). Debunking the myth of exercise-induced immune suppression: redefining the impact of exercise on immunological health across the lifespan. Frontiers in immunology, 9, 648.

Simpson, R. J., Kunz, H., Agha, N., & Graff, R. (2015). Exercise and the regulation of immune functions. In Progress in Molecular Biology and Translational Science (Vol. 135, pp. 355-380). Academic Press.

Walsh, N. P. (2018). Recommendations to maintain immune health in athletes. European Journal of Sport Science, 18(6), 820-831

Márcio Motta

  • Graduado em E.F. – UFMG
  • Pós-Graduado – Atividade Física Para Grupos Especiais – USP / Nutrição – UVA/ Atividade Física Personalizada – UVA
  • Proprietário da Academia Êxito
  • Mais de 30 anos atuando na área
  • Atuou como preparador físico das equipes de futebol em Carajás-PA – CVRD
  • Corredor
  • Escalador (Aconcágua 6962, Ojos Del Salado 6893, Pão de Açúcar, Corcovado, Dedo de Deus…
  • Apaixonado por esportes, leitura, empreendedorismo.

Consultoria Virtual e Prescrição de Treinamentos

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